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  1. #11
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    Mar 2011
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    Sexto dia - Monterrey, NL, para León, GTO - 700 km - Total percorrido 3.630 km

    Tudo caminhou muito bem na fronteira, com os trâmites devidamente feitos, juntamente com o seguro obrigatório ao redor de U$40, mais o depósito de alguma coisa como U$400 por moto, preferencialmente através do cartão de crédito, que será retornado quando da saída na fronteira escolhida, os nossos Fazedores de Chuva, privilegiados por disputarem com o vento os desejos de todos os motociclistas que gostariam de estar ali juntos, seguem em direção a León, Guanajuato, estado que é uma das jóias da coroa, devem fazer a opção de rodarem pelas rodovias por "cuotas", ou seja, com pedágio, que lhes permitirá uma tocada mais firme e afastada de todas as pequenas cidades ao longo do caminho.

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    São rodovias privatizadas ao custo final de mais ou menos U$,010 por quilômetro, o que muitas vezes sai mais caro do que a gasolina consumida, mas diferentemente do Brasil, para todas as localidades existe também as rodovias "libres", sem custo, com o agravante de passarem por todas as lombadas que existem ao longo das pequenas cidades intermediárias entre os pontos escolhidos pelos viajantes.

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    Melhor do que no gigante adormecido que além das lombas e do pedágio, não há opções sem o cabresto do pagamento.

    Agora o calor já se faz presente, mas o prazer da pilotagem por estas paragens é algo que compensa todo o desconforto, que o rei sol insiste em faze-los provar.

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    Mesmo que os Fazedores corram contra o relógio, não podem desconsiderar que percorrem um dos países mais bonitos da nossa América, dividida em três, com histórias que remontam a milhares de anos, testemunhada pela grande quantidade de sítios arqueológicos e coloniais que contam o passado dessa grande nação, em detalhes.

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    Cempoala

    Pincelando sobre as particularidades do México, basta ter em boa lembrança e não deixar de usufruir, mesmo que seja num "pit stop", as relíquias coloniais deixadas pelos espanhóis a partir da chegada de Hernán Cortés e a sua "troupe", que sedentos por sangue e famintos por ouro, não necessariamente nesta ordem, lavaram este solo com as lágrimas de civilizações que fizeram deste rincão a sua pátria e os seus túmulos.

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    Ao começarem a rodar pelo estado de Zacatecas, oficialmente entram numa região que é conhecida como colonial ou "ruta minera", composta por este novo estado onde se encontram, mais Aguascalientes, Colima, Guanajuato, Jalisco, Michoacán, Nayarit, Querétaro e San Luis Potosi, diga-se de passagem, literalmente as jóias da coroa, ou de onde elas vieram.

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    Fachada churrigueresca da catedral de Zacatecas

    Quem passar por Zacatecas, conhecida como "Ciudad Señorial" e não entrar para tomar um café na Plaza de Armas ou "Zócalo", como são conhecidas as praças centrais das cidades mexicanas, correrá o risco de ser imolado num altar dos sacrifícios e vagar como um fantasma por toda a América.

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    Cidade de Guanajuato


    Finalmente, chegarão a León, estado de Guanajuato, capital do calçado, mas o mais importante, cidade do GCFC Don Manuelito e Sandra, El Médico Brujo, consul honorário dos Fazedores de Chuva para o México.

    Aí sinceramente, os Fazedores de Chuva estarão em grandes mãos e valerá a pena investirem pelo menos dois dias para imergirem numa das regiões mais lindas do mundo, repleta de histórias, de sentimentos e de lembranças.

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    E o professor e apaixonado por esta terra de tantas paixões estará com vocês.

    Que tal aproveitar e brindar com tequila?
    Última edição por Dolor; 26-05-12 às 18:48.

  2. #12
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    Dec 2011
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    Lages - SC, Brasil.
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    Um chuva de informações, invocada pelos Grande Caciques Fazedores de Chuva que tão bem conhecem este caminho, é uma viagem maravilhosa, desperta e muito minha curiosidade, quem sabe logo chega a minha vez!

    Falando em Tequila G.C.F.C Dolor, acredito que terei que visitá-lo pois tudo indica que aquele litro ainda está cheio e tenho que ajudá-lo a consumi-lo...

    Novidades sobre o G.C.F.C Tácio? Por acaso ele já está na estrada?

  3. #13
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    Mar 2011
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    Sétimo dia - León, GTO, para Oaxaca, OAX - 880 km - Total percorrido 4.510 km

    Existe um mundo mexicano a frente dos nossos Fazedores esperando para ser descoberto e vivido.

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    Há o entendimento pleno que as horas não tem segurado os dias e consequentemente estes não conseguem mais segurar as semanas, deixando cada um prensado pelo rigor do tempo, portanto, estão perdoados por passarem ao largo de lugares que encerram séculos de histórias.

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    Cidade de Guanajuato

    É importante que se tenha a consciência que mesmo perdendo de ver e vivenciar lugares tão bonitos, os Fazedores de Chuva estão na realidade ganhando e muito, porque numa aventura dessa envergadura, quando cinco cavaleiros se reúnem para desafiar a rotina, para desafiar a vida, não se pode em sã consciência dizer que estão perdendo alguma coisa.

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    Moto do Rodolfo

    Só se pode falar em lucro, pois estão tendo a coragem para cruzar as três Américas com todos os seus mistérios, belezas e perigos na solidão de duas rodas, impulsionados pela inquietude das suas almas, que deixaram para trás o conforto e a segurança que só a rotina perto dos que bem queremos pode nos proporcionar.

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    Moto do Toninho

    O ganho é extraordinário, especialmente quando não conseguem aprisionar os seus pensamentos debaixo dos capacetes, permitindo que eles possam sair e vasculhar além dos seus interiores, tudo o que os rodeia a centímetros e a milhares de quilômetros de cima dessas motos que pilotam com maestria e com todo o cuidado, porque sabem que levam os desejos e os sonhos de milhares e milhares de pessoas, amantes ou não do motociclismo, que gostariam de estar ali, e na realidade o estão, para compartilhar esta experiência que é permitida somente para aqueles que ousam e que desafiam.

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    Vanderson

    Para os privilegiados!

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    Moto do Nestor

    Entretanto, não podemos deixar de registrar que em León, mirando para o sul, as suas direitas está Guadalajara, do tri-campeonato brasileiro de futebol e terra do FC Don Fernando Castillo, que os receberia com a sua habitual fidalguia, e rumando para baixo, Santiago de Querétaro, palco de sangrentas lutas contra os indígenas que só foi vencida pelos invasores quando no calor da batalha, um eclipse solar, desconhecido pelos locais, foi o elemento que causou o rendimento dos mesmos, dizendo ainda a lenda, que ao mesmo tempo em que a terra escurecia, São Tiago apareceu montado num cavalo branco...aí cá entre nós...até as motos os Fazedores teriam entregue para os soldados da coroa espanhola.

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    Queretáro - fotógrafo Oliver Alex

    Vão passar por Tlaxtala, jóia fundada pelo sanguinário Hernán Cortés em 1.520, que se orgulha do "zócalo" que tem, um dos mais bonitos do México, faz parte da Rota de Cortés, juntamente com Hidalgo, Estado do México, Morelos, Puebla, Veracruz e o Distrito Federal, se constitui numa experiência única, neste que é o menor estado mexicano e que hospeda o Vulcão Malinche, no alto dos seus 4.461 m.

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    Vulcão Malinche

    Agora, mesmo com o coração sangrando, pular o Distrito Federal, do Palácio Nacional, dos murais de Diego Rivera, da Praça da Constituição, da Catedral Metropolitana, do Palácio das Belas Artes, entre outras maravilhas e deixar de viver Coyoacán, fundada em 1.521 pelo mesmo Cortés, palco onde ele torturou Cuauhtémoc para que confessasse onde guardava o seu tesouro, assistiu ainda a este mesmo conquistador envenenar a sua primeira mulher, além de testemunhar o assassinato de León Trotski, vale sem dúvida, pelo contraponto de ser a terra natal de Frida Kahlo, cuja casa onde nasceu e viveu com aquele dos murais, nos remete à genialidade desta dupla que nos encantará para sempre.

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    Palácio Nacional, Zócalo - Cidade do México

    E Teotihuacán?

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    Qual será a pena para tamanho sacrilégio por deixar de tomar posse destes Patrimônios da Humanidade?

    Deixaremos para o próximo capítulo a passagem pela Heróica Puebla de Zaragoza e a chegada à Oaxaca de Juárez, aquela do Benito, terra onde vive e os receberá o GCFC Antonio Braga!
    Última edição por Dolor; 03-06-12 às 17:24.

  4. #14
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    Mar 2011
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    Oitavo dia - Oaxaca, OAX, para Tapachula, CHIS - 700 quilômetros - Total percorrido 5.210 km

    Tão rápido quanto os dias passam, tem sido a passagem dos nossos heróis pelo lindo México, mas como já explicamos, dentro das possibilidades que cada um tem, eles estão fazendo o máximo, pois deixaram tudo para trás e somente eles sabem das dificuldades que tiveram de enfrentar para poder estar aqui fazendo este desafio que os tornará GrandesCaciques Fazedores de Chuva, e desta forma, ingressar definitivamente na elite do motociclismo mundial.

    Terão seus nomes inscritos para sempre neste panteão dos heróis!

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    Puebla by Skyline

    Certamente todas as imagens que os olhares aguçados vão captando, estarão sendo arquivadas nas suas memórias, que guardarão para sempre este feito notável.

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    Passar por Puebla de Los Angeles, outro nome como ela é conhecida, é ser remetido ao passado longínquo dos conquistadores, quando o bispo de Tlaxcala sonhou em construir uma cidade entre Veracruz, porto de entrada dos espanhóis no México, e a Cidade do México, e por esta grande inspiração angelical, decidiu ser ali o local sonhado e como tal, se tornar na principal rota entre estas duas cidades.

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    Além da sua importância na história do México, Puebla foi sede em 1.979, da histórica conferência da Igreja Católica, quando foi feita a opção pelos pobres, como sempre, cuja afirmação deu origem a diversos movimentos religiosos ligados a Teologia da Libertação.

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    Histórias à parte, o importante é o encontro em Oaxaca, Patrimônio Cultural da Humanidade, com o GCFC Antonio Braga, de muitas aventuras e viagens, em cuja auto apresentação ele se diz, português de nascimento, brasileiro por naturalização e aventureiro por natureza, por certo, uma veia genética herdada dos seus antepassados lusitanos.

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    Entre outras façanhas, nesta altura do campeonato pequenas, a memorável foi a travessia do Tapón del Darien, em 1.989, com um BMW R 100 GS, deste pedaço de terra que liga a Colombia ao Panamá, que o colocou entre os raros que ousaram fazer este percurso.

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    Mas como o tempo voa, é hora de deixar Oaxaca, do GCFC Antonio, da Árvore de Tule, com o maior diâmetro de tronco do mundo cujo perímetro alcança 42 m, do Zócalo com a sua catedral de Nossa Senhora da Assunção, do Monte Albán, centro cerimonial dos Zapotecos, da sua tapeçaria, do Cerro del Fortín, da linda costa pacífica,

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    do belíssimo palácio de governo, da sua centena de idiomas e dialetos, e seguir para Tapachula, no estado de Chiapas, quase na fronteira entre o México e a Guatemala, de todos os maias, iniciando o périplo pela América Central.

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    Entretanto, sair de Oaxaca, a de Juárez, o Benito, um dos maiores heróis nacionais, com cinco períodos como presidente da república, o da reforma, por resistir a invasão francesa, e sem dúvida o mais amado dos líderes mexicanos, é ser considerado um pecador sem mais chance de perdão, pois com mais alguns passos, o México já será passado nesta jornada sobre duas rodas.

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    Tapachula
    Última edição por Dolor; 04-06-12 às 02:49.

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