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Valente FC - PERNAMBUCO - Luiz Negrinho - Dez/22 - Passageiros do Tempo MC
Olá! Sou o Luiz, único integrante ativo do "Passageiros do Tempo MC", habito entre as cidades de Timbaúba (Zona da Mata) e Sanharó (Agreste) de pernambuco, programador trabalhando em home office e pretendo me desafiar a cumprir parte do desafio do VFC enquanto trabalho. Porém, para iniciar em grande estilo vou aproveitar algumas folgas de fim de ano para dar aquele gás.
Expectativa de que ao fim do VFC-PE, vá em busca de conquistar os estados vizinhos (PB, AL, PI..) e que não pare nunca até o Lendário 
Na aventura me acompanham minha Teneré 250 azul e preta, terceira de sua linhagem(comigo), ainda não batizada, e a estrada.
Gostaria muito de encontrar outros tentantes do desafio durante meu percurso então, se tiver com ele em andamento, por favor não hesite em comentar aqui, beleza?
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Bom dia FC Luizz,
Já que procura por outros insanos VFC Pernambuco, dá uma olhada em Acompanhando os desafios > Valente FC > Pernambuco. Todos os desafios iniciados estão lá e poderá clicar em cada um que desejar ver e interagir. Fica a dica.
Segue um texto explicativo do site.
NÃO DEIXE DE LER AS REGRAS NA ABA PASSAPORTE, NÃO INICIE UM DESAFIO ANTES DE LER.
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Bem vindo (a) ao TFC – Território Fazedores de Chuva
Importante: anote seu login e senha, pois certamente irá precisar deles no futuro.
Não fazemos distinção entre piloto e garupa, todos são motociclistas e, cumprindo as regras, ambos poderão ser certificados.
Como já tem seu registro, temos detalhes do mesmo para agilizar seu entendimento.
Na parte superior existem “abas” com as seguintes palavras e seus respectivos conteúdos a saber:
Forum – aqui estão as demais abas numa sequência vertical e mostra ao seu lado direito o último tópico em que houve um post.
O Sonho – local onde o Fazedor de Chuva (FC) deve postar seus planos e desejos, só deve abrir um novo tópico APÓS ler suas respectivas regras. Por favor, inicie suas narrativas sempre pelo O Sonho, mesmo que já tenha iniciado e tenha foto já cumprindo o desafio. Iremos mover seu tópico para o Almas Inquietas assim que postar a primeira foto.
Almas Inquietas – local definitivo para os tópicos após o desafio ter sido iniciado com a postagem de pelo menos uma foto já cumprindo o desafio.
Eventos – local liberado para divulgação de eventos de interesse dos FC´s.
Passaporte – Aqui estão todos os desafios e suas respectivas regras. Leia tudo com muita atenção ANTES de iniciar qualquer desafio, pois somos rigorosos com o cumprimento das regras em respeito aos que já as cumpriram e aos que ainda as cumprirão. Se após a leitura ainda tiver dúvida, não hesite em perguntar. Pode usar o Facebook (Fazedores de Chuva) ou meu What´s App (27-98117.0089), fique à vontade. Não comece um desafio sem ter total conhecimento e entendimento das regras. Elas são diferentes de um desafio para outro. Uma foto que serve para o Valente FC não serve para o Bandeirante FC e vice versa.
Desafios – aqui estão todos os desafios iniciados e seu status atual (“em andamento” ou “concluído”).
Notícias – aba disponível para publicar acontecimentos, avisos, alertas.
Tópicos – São seus blogs com os demais FC´s onde são contadas as histórias dos desafios e onde acontece a interação com os demais FC´s. Deve ser aberto apenas um para cada desafio, mas dentro de um tópico pode conter mais do que um desafio. É importante que coloque o desafio todo dentro de um só tópico, pois se abrir vários, o desafio ao longo do tempo ficará todo dividido e separado dentro do Forum. Para usar o mesmo tópico, basta clicar nele e depois em “+ Responder ao tópico”. NÃO coloque nada no campo “título” quando for responder ao tópico, pois isso faz abrir um novo tópico para o mesmo desafio.
Posts – são publicações dentro de um tópico. Podem conter vídeos, textos e fotos, sendo essas limitadas ao total de 12 por post. Porém, para um mesmo assunto, podem fazer tantos posts quanto desejar, não há limite.
Os tópicos com mais fotos (além das obrigatórias) e mais histórias contadas são os mais visitados, portanto não economizem nas postagens de suas aventuras.
Tendo qualquer dificuldade de postar, entre em contato conosco que estamos sempre disponíveis para ajudar, inclusive com um tutorial de como postar fotos.
Caso fique muito tempo sem postar, seu tópico será gradativamente “empurrado” pra tras em O Sonho ou Almas Inquietas. Não se preocupe, ele estará lá, basta buscar utilizando uma das 3 opções: a) coloque o nome do tópico ou o seu em “pesquisa avançada” e clique na lupa; b) procure na aba Desafios, na página relativa ao seu desafio; c) se ainda não iniciou o desafio, clique em O Sonho e procure página por página até encontrar, se já iniciou faça esse mesmo procedimento em Almas Inquietas.
Como obter uma certificação – o primeiro passo é ler as regras dos desafios, depois escolha um ou mais desafios (pode fazer tantos quantos desejar ao mesmo tempo, inclusive vários estão dentro de outros de forma parcial), iniciar as postagens das fotos obrigatórias (ou outros comprovantes aceitos, vide aba Passaporte) e concluir as postagens. Depois poderá fazer o depósito de R$ 200,00 + DESPESAS DE ENVIO (valor a ser apurado por destino) em conta a ser informada para que o desafio seja conferido e estando de acordo com as regras receber o kit de certificação (que é individual) composto pela homologação com foto personalizada com o brasão do respectivo desafio, pelo certificado numerado impresso, o adesivo, o patch bordado, a camisa e a insígnia metálica, todos alusivos ao desafio. Não existe prazo para terminar um desafio e pode usar mais de uma moto para realizá-lo.
E-mail interno – para melhor interação com os demais FC´s, existe um sistema de e-mail interno no site, só não se consegue pendurar anexos mas todos são avisados de chegada da mensagem que pode ser vista clicando em “Notificações” no topo da página.
Vila Velha – ES, 20 de Dezembro de 2022.
Abração
Gilmar Dessaune
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Iniciando oficialmente o desafio amanhã.
Pretendo fazer em média 800 a 900 km na sexta feira, onde decidi nesse primeiro momento pular as cidades mais próximas à cidade de partida que podem ser visitadas em momentos posteriores com mais calma. Decidi portanto começar pela parte mais longíqua de Pernambuco, visitando primeiro as cidades mais remotas do sertão.
O primeiro dia conta com duas etapas previstas, podendo ter ajustes.
Dia 1 - Parte 1

Partindo de Sanharó, farei minha primeira parada só em Custódia, de onde seguirei para os municípios de Fátima > Betânia > Mirandiba > Carnaubeira da Penha > Verdejante e Cedro, onde re-avaliarei as condições de viagem e decidirei se seguirei adiante para oeste visitando Moreilandia > Exu > Granito >bodocó > Ipubi > Trindade > Ouricuri > Santa Cruz > Santa Filomena e Araripina, ou se irei fazer a parte de Salgueiro >Serrita > Terra nova e Parnamirim.
Bem, sem planos Rígidos por enquanto, a preferência é por seguir até Araripina e no sabado esticar até Teresina-PI pra passar o natal com meus pais. Vamos pra frente 

Coletada a prefeitura da cidade de partida (Sanharó) 1/185
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Já em Betânia - PE muita chuva e areia até agora
pegando um offroad sempre que possível. E postando tudo no Instagram @luiz.antonio.negrinho quem quiser acompanhar pode chegar !
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Saí de sanharó as 3:45 da manhã com direção a primeira cidade que visitaria, decidi que não entraria nas cidades mais próximas agora e deixaria pra outra oportunidade já que seria mais tranquilo. Essa parte da viagem foi dedicada às cidades mais distantes do sertão pernambucano.
Com pouco tempo de estrada já peguei a primeira chuva antes do sol nascer, o primeiro dia foi todo nublado e com chuva. Ainda decidindo se é melhor do que o sol quente de cá kkk.
Ainda era bem cedo em Custódia, pouca gente nas ruas, havia apenas um senhor sentado próximo a prefeitura, com quem confirmei que era ali (não há muita identificação no prédio) mas que se negou a tirar minha foto alegando que não sabia mexer com aquilo(celular). 

Custódia 2/185
Seguindo viagem, pra próxima cidade fiz o pior caminho possível D: (pedi rota pra bicicleta no google maps) o que me levou a uma estrada de terra que virou areia fofa ou muita pedra por vários km (com muitas porteiras e passadores também), sem sinal e quase sem vida humana em alguns trechos. Assim foi até chegar em Fátima que descobri que nem cidade era ainda kkkkk, mas foi divertido de qualquer forma e esse é o intuito.
De lá segui pra Betânia pelo asfalto, onde começou a chover mais forte e constante, passei um tempo maior na cidade, parte descansando da trilha até Fátima e também porque precisava entrar em uma reunião, pra isso achei um restaurante no mercado público que tinha wifi, porque não tinha sinal da Claro lá, eram por volta das 8 as 9 da manhã e decidi aproveitar pra almoçar
.
Conversei com algumas pessoas no posto de gasolina e na prefeitura, me disseram que parte da prefeitura estava em reforma pois tinha um banco colado com ela que havia sido explodido por assaltantes não havia muito tempo.
A chuva não dava sinal de querer ir embora e também ouvi que assim estava desde o dia anterior. Já descansado e com estômago forrado, decidi que se tava na chuva era pra se molhar! Estava com calça jeans comum e sem roupa adequada pra chuva, minha jaqueta e colete barravam as chuvas mais passageiras mas não podiam muito contra torós
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Betânia 3/185
Vi no mapa que tinha uma estrada que era meio que como um atalho pra próxima cidade e ao questionar a um rapaz que estava na prefeitura, me assegurou que era tranquila e que era até mais perto, que sempre vinha ia por lá quando precisava. Acho que ele não estava contando com o tanto de chuva que tinha caído naqueles dias.
Foram 54 km de muita lama, muita mesmo, também de algumas voltas e perdidas pelo caminho, hora saía da estrada principal e pegava uns caminhos de areia no meio do nada. Algumas porteiras e passadores pelo caminho também, e chuva! Depois de sofrer um bocado saí em uma estrada de terra mais "rodável" e foi nela, faltando apenas uns 300 metros para uma vila Caiçarinha que o pneu da frente escorregou numa subida e fui ao chão com a moto por cima da minha perna. Doeu um tanto, nos primeiros instantes tive quase certeza que havia quebrado uma das pernas. Caí de cara no chão, a viseira saltou do capacete e fiquei coberto de lama. Sorte que depois de tantos km vendo quase ninguém, haviam 2 pessoas plantando feijão bem do lado. Caí com plateia, essa que veio me ajudar a levantar.
Me indicaram que havia uma torneira em um ginásio de esportes na vila, e pra lá segui, lá consegui lavar toda a roupa estendi por lá mesmo nas grades do ginásio, troquei a camisa e cuecas, carreguei o celular, avaliei os danos (moto, equipamento e meus próprios) e descansei novamente.
Um pouco revigorado, segui viagem por mais uns 30 km de lama (mais leve) até a rodovia de asfalto onde abasteci e segui pra Serra Talhada (+ 20 km de pista).
Em serra, parei pra tirar foto na pista onde já havia feito a mesma imagem em 2014 em outra Teneré que tive. Um tanto de caos na cidade, não falei com muita gente, só pra pedir informações e depois pra lubrificar a corrente que com tanta água, lama e areia já dava uns estalos.

Serra Talhada 4/185
As próximas duas cidades ficavam numa rodovia que não dava em mais lugar nenhum, tive que ir e voltar pelo mesmo caminho, assim visitei Mirandiba e pouco mais a frente Carnaubeira da Penha.
Em Mirandiba tentei pedir informação sobre uma pessoa com quem dividi apartamento quando morei em Cabrobó, sem sucesso. Estavam inaugurando o letreiro com o nome da cidade na praça.

Mirandiba 5/185
Carnaubeira da Penha me impressionou já da pista pra lá tem umas montanhas bem interessantes cobertas de carnaúba (o que não é muito comum no estado) bonito de olhar, algumas ainda estavam cobertas de nuvens por conta do clima chuvoso.
Quem vai por ali só vai pra lá mesmo, de lá apenas estradas de terra partem pra floresta e outros distritos locais. Cidade bem tranquila, com o maior movimento na avenida da praça principal, onde ficam o hospital e o letreiro com o nome da cidade. Tem um posto de gasolina abandonado perto do cemitério, já no fim da cidade que tem um visual bem apocalíptico com as montanhas ao fundo.

Carnaubeira da Penha 6/185
Vendo que estava um tanto atrasado no cronograma, pois pretendia passar o natal com minha família em teresina (era sexta, queria estar lá no sábado a noite)
decidi queimar (não passar por) São José do Belmonte, e foi a única cidade da rota planejada que fiquei devendo ir.
Passei direto pra Verdejante, lá tinha uma rota no mapa que iria pra São José, mas quando percebi que era estrada de terra e pelo horário (17 h) decidi que bastava de aventuras pelo primeiro dia e que não valia o risco de rodar de noite, molhado e cansado. Parti dali direto pra Salgueiro.

Verdejante 7/185
Já havia passado bastantes vezes por Salgueiro antes, mas nunca tinha entrado muito na cidade, é bem grandinha e tem bastante coisas, ia ter festa de fim de ano na cidade, tinha um palco onde passei, mas meu foco era comer e dormir kkk e tomar um banho quente. Comi em uma hamburgueria que estava acabando de ser inaugurada (fui o primeiro cliente).
Fiquei hospedado no hotel Vila Oeste que fica dentro de um posto de gasolina onde tem o melhor restaurante que conheço de lá o Salgrill, onde fui tomar um chop de vinho que fazia 8 anos que tinha tomado ali.
Ainda tive que trocar de quarto depois de desarrumar todas as malas e estender tudo que tava molhado pelos cantos, porque descobri que o chuveiro elétrico não tava funcionando kkkkk.

Salgueiro 8/185
Segundo dia da viagem:
Com o corpo frio e os músculos relaxados quase não consigo andar pela manhã, sentindo a dor da queda nas pernas e joelho mas de resto estava revigorado e pronto pra mais um dia. Tinha decidido que não encararia trechos offroads insanos nesse dia. 
Porém, tão logo saí de Salgueiro em direção a Cedro me deparei com o canal da transposição do rio São Francisco e decidi sair do asfalto pra andar pela borda do canal, acompanhei o fluxo até o estreitamento em uma ponte sobre ele dali voltei pra o asfalto.
Um pouco mais adiante em uma região mais elevada avistei alguns dos reservatórios que o canal abastece e assim que vi uma saida de terra fui investigar, uma vista muito bonita mas o caminho que aparece no maps me levou pra uma estrada sem saída que dava na água, tive que voltar e seguir pelo asfalto.
Assim fui até o trevo de entrada de Cedro, que ficava já na placa de divisa com o Ceará! Atravessei, voltei e segui pra Cedro.
Toda aquela região (Cedo/Serrita) tem bastante cultura de vaqueiros com pessoal simples e prestativo. De Cedro peguei mais uma estrada de terra para Serrita. Uma das maiores estradas de chão em linha reta que já havia pego na vida, mas tranquila de rodar.

Cedro 9/185

Serrita 10/185
De Serrita voltei pra BR-232 de onde com pouco tempo entrei a esquerda em direção a terra nova, via Umãs, o asfalto é bastante remendado até Umãs, porém depois de lá, é inexistente (PE-483)
, tendo até que atravessar um rio que estava com correnteza por conta das chuvas. Daí até Terra Nova o cenário é o mais puro e caricato Sertão pernambucano, com direito a bodes e cactos por todo canto, bem interessante de se olhar. Já havia ido até Terra Nova quando trabalhei em Cabrobó porém apenas nos fundos e imediações da cidade. Por fim era maior do que eu imaginava, ainda assim uma cidade pequena.

Terra Nova 11/185
De Terra Nova segui pela PE-499 (asfaltada) de volta para a BR-232, de onde segui para Parnamirim, de lá só tinha a lembrança de uma frentista que me roubou (passou 100 reais no meu cartão, quando só tinha abastecido 37), Dei uma volta na cidade e já estava bastante quente, era por volta das 10 da manhã.

Parnamirim 12/185
Entre Parnamirim e Ouricuri existe uma reta nervosa kkk onde acho que deva ser a maior rodovia em linha reta do universo
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Já em Ouricuri conheci um senhor bastante simpático que estava na praça da frente da prefeitura, onde me sentei pra organizar as coisas e descansar um pouco. Ele que tirou a foto pra mim e depois tiramos uma juntos. Lá precisei trocar a pastilha de freio traseira, e depois de procurar em algumas lojas consegui uma oficina que tinha uma compatível. Após a troca realizada voltei pra BR onde almocei, em um restaurante/churrascaria bastante agradável (alguma coisa com ouro o nome kkk não me lembro), comi bastante lá
. Ouricuri é uma ciade razoavemente grande e com comércio desenvolvido.

Ouricuri 13/185
Última edição por Luizz; 03-01-24 às 17:34.
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De bucho cheio, hora de pilotar pro norte do estado e fazer mais 3 cidades, Bodocó, Exu e Moreilândia. A estrada pra Bodocó já acompanha uma parte da chapada do Araripe com uma vista bem legal do lado esquerdo. Bodocó é uma cidade plana com a prefeitura situada na praça principal onde também fica a igreja matriz.

Bodocó 14/185
Seguindo a BR-122 chegamos a Exu, terra de Luís Gonzaga, e muita coisa lá faz referência a ele, incluíndo uma estatua grande na entrada da cidade, restaurantes e um museu. É uma cidade interessante, e creio que compense voltar lá um dia, durante algum encontro de motos ou evento da cidade.

Exu 15/185
Pra Moreilândia se segue pela PE-507, e parece ser uma cidade fim de rota, onde só passa por lá quem mora ou tem algum negócio por lá. Cidade pequena mas organizada, com pouco movimento quando passei, e tem um terreno grande que parece ser um cemitério muito antigo e abandonado, pois tem algumas lápides bastante desgastadas pelo tempo e com arquitetura antiga, e o mato comendo no centro.

Moreilândia 16/185
De Moreilândia voltei todo caminho até a 232 e entre Bodocó e Ouricuri pude ver uma tempestade enorme que se aproximava e que felizmente segui na direção oposta a ela kkkk, após poucos quilômetros entrei a direita na vila de Santa Rita em direção a Ipubi. Estrada totalmente sem asfalto (PE-590) e estava muito ruim de rodar por ser bem condensada mas com camada de lama por cima, tornando-a bastante escorregadia. A estrada passa por algumas minas de gesso, bem comuns na região. Devido ao acesso já esperava que fosse uma cidade pouco desenvolvida, mas me surpreendi. Ipubi é bem grandinha tem até opções de lanchonete e restaurante interessantes.
Entrei lá pelos fundos mas sai pela entrada principal PE-630 que segue até a entrada de Trindade na 232.

Ipubi 17/185
Já eram umas 16 horas quando cheguei a trindade, e não quis me demorar muito, capturei a prefeitura, dei uma volta breve na cidade e parti em Direção a Araripina.

Trindade 18/185
Araripina era a última cidade que eu faria naquele dia antes de passar a divisa pro piauí em direção a Teresina. Já conhecia um pouco da cidade, mas dei uma explorada maior dessa vez, e tive que fazer uns arrodeios pois o trânsito ao redor da prefeitura é confuso.
Na saída parei pra filmar a moto com o letreiro que infelizmente fica num lugar rampeado e com o piso fofo, lá acabei filmando a moto caindo sozinha 

Araripina 19/185
Tinha pensado em dormir por lá, mas como ainda havia um pouco de Luz, segui viagem sem saber muito bem até onde iria. Anoiteceu quando passava por Francisco Macêdo, onde parei pra lubrificar e apertar a corrente, mas como não parecia haver muitas opções de dormida por lá, acabei seguindo até picos, por volta das 20 horas, onde dormi.
Última edição por Luizz; 03-01-24 às 18:07.
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Depois de alguns dias descansando em Teresina onde também troquei óleo, pastilha de freio dianteiro e comprei uma roupa de chuva(finalmente) me preparava pra viajar quando encontro a moto na garagem com o pneu traseiro totalmente baixo. Acabei perdendo a manhã, resolvendo, mas acabou sendo apenas areia na válvula do pito, que foi substituída. Resolvi seguir viagem até Picos pelo menos e dormir lá pra adiantar um pouco a viagem de volta que seria bem comprida.
Depois de Picos tudo era novidade pra mim, saí ainda escuro do hotel (dessa vez consegui um bem mais em conta em um posto) e segui em direção a entrada sudoeste de Pernambuco e fui recebido pelas cidades mais isoladas do estado, com poucos postos de combustível entre elas e poucas coisas no geral. A primeira delas foi Afrânio, onde abasteci logo e segui viagem.

Afrânio 20/185
Como era época de chuvas no sertão tudo estava bem verde, e alguns animais diferentes atropelados na estrada, entre eles nessa região pude ver bastante um tipo de gambá sertanejo conhecido como cangambá, tacaca ou jaritacaca. O cheiro deles era percebido de longe kkkkk.
Ao chegar em Dormentes fui até a biblioteca municipal resolver algumas coisas do trabalho. Lá conversei bastante com a senhora que tomava conta do lugar, sobre a cidade e a vida na região.

Dormentes 21/185
De Dormentes até Santa Filomena peguei mais uma estrada de terra PE-630, bem agradável e lotado de borboletas, mas a tração da moto começou a falhar. Ao parar em uma oficina em Santa Filomena descobri que o pinhão já tinha ido pro saco e tava parecendo um CD. Como não havia possibilidade de achar a peça por ali, ajustei a corrente e fui na sorte.

Santa Filomena 22/185
De Santa Filomena até Santa cruz segui 40 km por uma via que não é PE nem BR mas que é bem asfaltada.

Santa Cruz 23/185
Entre Santa Cruz e Lagoa Grande fica um dos lugares mais ermos do estado, um verdadeiro meio do nada kkkk com quilometros de estrada sem ver uma alma, já tava vendo até miragem na estrada, achando que as fissuras se moviam, até descobrir que eram centenas de lagartas de borboleta cruzando a pista. Mais a frente passei também pela Praça do Vaqueiro de Jutaí, um monumento parecido com o de verdejante e serrita retratando um vaqueiro em seu cavalo tocando o chifre (mini berrante) com seu cachorro ao lado.
Já na chegada uma rotatória com uma escultura enorme de uma garrafa de vinho com a taça e cachos de uvas representando a produção da região, lá comprei 4 ou 5 caixas de uva bem baratinho kkk.

Lagoa Grande 24/185
Nessa parte da estrada os animais atropelados mais comuns eram cobras, bem grandes. Não sei se cascavéis ou jibóias, mas vi pelo menos 3.
Chegando a Petrolina já estava varado de fome, tinha decidido que ia almoçar na Bahia, passando a ponte do rio São Francisco, mas foi o maior arrependimento da viagem todinha kkk Juazeiro é toda complicada, parei um instante na calçada da prefeitura e já passou um carro da fiscalização de trânsito me multando, depois não achava lugar pra parar na orla, parei em um lugar que quando voltei tinha um bilhete pra eu pagar (tipo zona azul). Não consegui ser atendido no restaurante também, o garçom e o dono ficavam brigando, peguei uma fanta por mim mesmo no balcão, tomei, paguei, e saí dali o mais rápido e frustrado que deu. E acabei nem almoçando. Passei na prefeitura de Petrolina(que também é ruim de parar na frente), e fui embora.

Petrolina 25/185
Santa Maria da Boa vista também tem um trevo interessante na chegada, sinalizando que ali é a terra da serenata. A prefeitura fica do outro lado da cidade então acabei tendo que passar por ela quase toda.

Santa Maria da Boa Vista 26/185
Orocó é uma miniatura de Cabrobó. (ponto) kkkk Tem um mirante lá aparentemente mas não consegui ir.

Orocó 27/185
Em Cabrobó, fiz um passeio nostálgico (morei lá por 6 meses em 2010/11) na praça da prefeitura pedi informação a um senhor, que tava sentado com seu cachorro, sobre algumas pessoas que conhecia, ele, claro, conhecia todos kkk e me deu informações do pessoal. Acabei não dormindo lá também e segui até Belém de São Francisco.

Cabrobó 28/185
Cheguei anoitecendo na cidade que me surpreendeu pelas construções antigas e avenida principal bem larga. Apesar de ser uma cidade pequena, tem bastante movimento por conta da produção de manga (soube que é uma das maiores exportadoras de manga do Brasil). Lá consegui jantar um hamburguer artesanal muito bom que matou toda fome que eu tava kkk. Consegui um hotel legal por lá e assim passei a noite. (Meu carregador de celular ainda tá por lá)

Belém do São Francisco 29/185
No dia seguinte saí rumo a Itacuruba, cidade que também já havia visitado quando morava em Cabrobó. Depois de passar por lá soube que tem um observatório astronômico internacional lá e que é a cidade com maior índice de depressão de Pernambuco. A cidade é banhada pela barragem de Itaparica, que inundou a parte antiga não só de Itacuruba mas como da cidade de Rodelas-BA.

Itacuruba 30/185
Após perguntar notícias de um amigo, segui pra Floresta, cidade natal do mesmo. Parei pra debugar a bolha e o farol da moto que a essa altura estavam completamente tomados de mosquitos e besouros estourados e abasteci com a gasolina mais cara da viagem. Deu até trabalho pra pagar kkk.
Floresta tem um centro bem arrumadinho, com casas antigas bem preservadas, e a cidade toda parece estar em obra (praças e prédios públicos). Era época de festividade e tinha palcos no centro, com uma banda de pífanos ensaiando perto da igreja. Pretendo voltar lá novamente também.

Floresta 31/185
Última edição por Luizz; 03-01-24 às 19:14.
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Após partir de Floresta, passei pela ponte sobre o rio Pajeú e segui em direção a Ibimirim, aqui é outra parte bem desolada do estado, são 103 km de puro nada kkk. Estrada conhecida por ser rota de drogas, assaltantes e até recentemente carne ilegal de cavalo.
A prefeitura original de Ibimirim está em reforma, por isso tive que cruzar toda a cidade atrás da casa onde a prefeitura funciona atualmente, que fica em um loteamento na periferia da cidade.

Ibimirim 32/185
Depois de Ibimirim parti pra casa em Sanharó passando por Arcoverde e Pesqueira mas sem entrar nelas e foi o fim da minha primeira excursão rumo ao Valente Fazedor de Chuva de PE.
Última edição por Luizz; 04-01-24 às 16:22.
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Atualizando depois de um tempo!
Fiz algumas viagens menores e coletei mais algumas cidades.
Cumaru na verdade foi a primeira foto que tirei. Antes de começar o desafio de fato, por isso tá bem tortinha, ainda tinha meus óculos escuros que perdi pra estrada, por conta de um zíper defeituoso no casaco (junto com um fone bluetooth mais pra frente) kkkkk.
A Cidade é bem diferentinha desde a estrada do trevo até lá. Aproveitei pra fazer um offroad entre Cumaru e Ameixas nesse dia, tem uma estrada interessante e tranquila de se fazer entre as duas.

Cumaru 33/185
Tanto Cumaru quanto Riacho das Almas estão em uma rota que faço bastante entre minhas duas moradas Timbaúba(Mata Norte)/Sanharó(Agreste) por isso foram coletadas em uma viagens aleatória entre as duas cidades.

Riacho das Almas 34/185
Em um dia distinto saí em expedição com meu primo partindo de, e retornando para Timbaúba passando por mais 13 cidades, entre a zona da Mata Norte e Agreste. A primeira delas foi Buenos Aires, famosa por aqui por ser homônima à capital Argentina, porém, perdoem-me seus cidadãos, bem menos bonita kkk.

Buenos Aires 35/185
Pegamos um trecho offroad até a próxima cidade, Vicência, lá o ponto turístico é um morro alto onde existe uma igreja pequena e uma rampa de vôo livre.

Vicência 36/185
Machados é uma cidade alta da mata norte, produtora de banana assim como boa parte dessa região, a vista da rodovia que chega na cidade é bem interessante.

Machados 37/185
Entre machados e orobó mais uma estrada de terra com algumas bifurcações, mas deu pra chegar direito depois de parar pra pedir informação algumas vezes.

Orobó 38/185
Bom Jardim conta com um ponto "turístico" que já tinha visitado há muito tempo mas que dessa vez estava fechada. É a pedra do navio, que fica às margens da rodovia que liga a cidade à João Alfredo.

Bom Jardim 39/185
Já havia conhecido João Alfredo em uma expedição offroad de Macaparana a Gravatá com outro primo, uns bons anos antes. Dessa vez foi só coleta da prefeitura 

João Alfredo 40/185
Outra cidade que passamos em na expedição mencionada. Lá existe um hotel com águas térmicas e parece ser o único atrativo da cidade que é bem pequena. de a rodovia pra lá é asfaltada atualmente.

Salgadinho 41/185
Chegamos em Passira por volta de meio dia, e lá paramos pra almoçar em uma churrascaria na beira da pista. Sempre passava por lá indo pra Sanharó mas nunca tinha parado pra comer
.

Passira 42/185
Depois de descansar um tanto, seguimos viagem até Bezerros pela estrada que parte de Ameixas até lá, e antes de entrar na cidade subimos pra visitar a Serra Negra, região bem alta e com alguns hoteis e restaurantes. Vale a pena conhecer, dizem que o São João por lá é bom e o clima é bem friozinho (pros parâmetros do estado).

Bezerros 43/185
Gravatá é outra cidade já bastante conhecida, sem demoras passamos na prefeituras e seguimos.

Gravatá 44/185
Última edição por Luizz; 04-01-24 às 16:53.
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Completando 50 cidades!

Inaja 45/185

Tacaratu 46/185

Petrolândia 47/185

Jatobá 48/185

Limoeiro 49/185

Ferreiros 50/185
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