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  1. #1
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    Machu Picchu. Realizar um sonho que tive ha 25 anos atras!

    Bom dia Fazedores de Chuva.

    Dia 05 de dezembro estaremos, minha filha e eu, saindo pra conquista de mais um sonho
    que vou relatar abaixo.

    Em 1889 servi o Exercito brasileiro, e naquele quartel ouvi falar sobre Machu Picchu, comecei
    ali a sonhar um dia estar la.
    1990 entrei pra faculdade, todos do curso combinamos de ao final da graduação irmos até
    o santuario Inca, fizemos até um caixa onde cada um contribuia com uma determinada quantia
    para realizarmos o passeio ao final dos 4 anos. Porém muitas coisas aconteceram e esse
    dinheiro poupado foi consumido em outras necessidades. Ali o sonho ficou parado, mas nao
    esquecido, em diversos momentos me imaginei indo até la e estando caminhando pelas ruas
    de Machu Picchu.
    Então mais de 25 anos depois, após muitas adversidades, alguns tombos que tive pela estrada
    da vida, Deus me permitiu mais uma vez ter vida e saúde para realizar mais esse sonho.

    Dia 05 de dezembro proximo minha filha mais velha, Fernanda, e eu estaremos subindo na
    Gildete (V Strom) e partindo rumo a esse sonho, conheceremos também as linhas de Nazca,
    caminharemos lado a lado com o Pacífico (que tanto encantou Charles Darwin) e com fé
    em Deus banharei nesse oceano.

    Hoje faltando 30 dias para girar a chave da moto (momento mais difícil segundo nosso grande
    lider dolor diz) e começar a jornada, serão 23 dias na estrada. Confesso que nao estou
    bem por conta do medo e da ansiedade, atravessar a Bolívia, andar na estrada da morte,
    atravessar o Paraguai, andar no Peru. Nesses 3 países será uma navegação a moda antiga
    pois nao temos mapa deles no GPS, usaremos mapas de papel, orientação por coordenadas
    geograficas, placas de orientação e pedindo informações a moradores.
    Então estou extremamente ansioso, tenho momentos de grande medo, vontade de chorar,
    às vezes bate desespero, vontade de largar de mao. Mas sonhos foram feitos pra serem
    sonhados e realizados. Qualquer um pode fazer, porém poucos o fazem...

    Tenho feito todo o planejamento, mas confesso que a Bolívia hoje muito me preocupa,
    combustível, pernoites, e também a estrada da morte.
    Caso algum FC tiver dicas pra me passar recebo e agradeço de coração.

    Seguirei muitas orientações em um GCFC Sinomar Godoi Tavares, ele viajava com menos
    de 70 dolares diários, viajaremos com 80 dolares diários (ser pobre nao é facil ..kkk).

    Então meus amigos relatei aqui, mais um sonho a ser realizado, mais um sonho de rapaz,
    mais um sonho de anos que nosso bondoso Deus me permitiu realizar.

    Abraços.

    RFC Joverany

    Segue abaixo o mapa com a rota.

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    O sonho é o combust

  2. #2
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    Citação Postado originalmente por Joverany Ver Post
    Bom dia Fazedores de Chuva.

    Dia 05 de dezembro estaremos, minha filha e eu, saindo pra conquista de mais um sonho
    que vou relatar abaixo.

    Em 1889 servi o Exercito brasileiro, e naquele quartel ouvi falar sobre Machu Picchu, comecei
    ali a sonhar um dia estar la.
    1990 entrei pra faculdade, todos do curso combinamos de ao final da graduação irmos até
    o santuario Inca, fizemos até um caixa onde cada um contribuia com uma determinada quantia
    para realizarmos o passeio ao final dos 4 anos. Porém muitas coisas aconteceram e esse
    dinheiro poupado foi consumido em outras necessidades. Ali o sonho ficou parado, mas nao
    esquecido, em diversos momentos me imaginei indo até la e estando caminhando pelas ruas
    de Machu Picchu.
    Então mais de 25 anos depois, após muitas adversidades, alguns tombos que tive pela estrada
    da vida, Deus me permitiu mais uma vez ter vida e saúde para realizar mais esse sonho.

    Dia 05 de dezembro proximo minha filha mais velha, Fernanda, e eu estaremos subindo na
    Gildete (V Strom) e partindo rumo a esse sonho, conheceremos também as linhas de Nazca,
    caminharemos lado a lado com o Pacífico (que tanto encantou Charles Darwin) e com fé
    em Deus banharei nesse oceano.

    Hoje faltando 30 dias para girar a chave da moto (momento mais difícil segundo nosso grande
    lider dolor diz) e começar a jornada, serão 23 dias na estrada. Confesso que nao estou
    bem por conta do medo e da ansiedade, atravessar a Bolívia, andar na estrada da morte,
    atravessar o Paraguai, andar no Peru. Nesses 3 países será uma navegação a moda antiga
    pois nao temos mapa deles no GPS, usaremos mapas de papel, orientação por coordenadas
    geograficas, placas de orientação e pedindo informações a moradores.
    Então estou extremamente ansioso, tenho momentos de grande medo, vontade de chorar,
    às vezes bate desespero, vontade de largar de mao. Mas sonhos foram feitos pra serem
    sonhados e realizados. Qualquer um pode fazer, porém poucos o fazem...

    Tenho feito todo o planejamento, mas confesso que a Bolívia hoje muito me preocupa,
    combustível, pernoites, e também a estrada da morte.
    Caso algum FC tiver dicas pra me passar recebo e agradeço de coração.

    Seguirei muitas orientações em um GCFC Sinomar Godoi Tavares, ele viajava com menos
    de 70 dolares diários, viajaremos com 80 dolares diários (ser pobre nao é facil ..kkk).

    Então meus amigos relatei aqui, mais um sonho a ser realizado, mais um sonho de rapaz,
    mais um sonho de anos que nosso bondoso Deus me permitiu realizar.

    Abraços.

    RFC Joverany

    Segue abaixo o mapa com a rota.

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    Boa tarde, Joverany!

    Indico que use o Maps.me no celular e baixe os mapas da Bolívia, Paraguai e todos que quiser, este é um GPS offline. Já viajei muito com esse app e digo que é ótimo, quase excelente, nem tudo é perfeito, pois o mesmo gasta um tanto de bateria do celular, mas se mantiver em trechos conhecido o app em segundo plano(celular apagado), dará para usar o dia inteiro. Treine com o app antes de sair de casa. O app traça rotas de ponto a ponto, não deixe de levar mapas de papel, pois sempre resolvem dúvidas.
    Compre um suporte de celular para prender na moto, uso um na moto que acho confiável, porém o preço é um pouquinho salgado, mas o produto é bom, marca RAM, tem para vender nesse link http://www.maregps.com.br/shop/ram-h...scription=true, compre também o suporte para prender esse conjunto links http://www.maregps.com.br/shop/ram-b...Base%20Tubular e http://www.maregps.com.br/shop/ram-b...rch=RAM-B-201U. Verifique as especificações antes de comprar, se assim desejar.

    Bons ventos na terra dos Incas!
    Abraços formiguentos,



    Formigão NRME
    "Levantando Poeira"

  3. #3
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    Obrigado pela dica..
    Ja baixei o aplicativo no celular, estou testando e pelo que estou notando será perfeito para nos ajudar na viagem...
    Muito obrigado pela excelente dica.
    O sonho é o combust

  4. #4
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    Boa tarde Fera,

    Seu roteiro parece incrível.
    Não tenho muito a indicar pois, como você, estou na ansiedade para que chegue logo a data.
    Farei um percurso parecido em 2018, mas passando pelo Acre.

    Conte-nos tudo e envie fotos, vou ficar aqui de olho e torcendo por você.

  5. #5
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    Apos quase um ano de inicio e termino dessa viagem, estou aqui para contar o que passamos.
    Peço desculpas pelo meu atraso, tive muitos problemas pessoais que me impediram até mesmo de
    acessar o site dos FCs para saber dos acontecimentos.
    Fiz um relado pessoal da viagem, uma especie de diário, enquanto tudo estava fresco na memoria,
    então esse conteúdo irei editar e postando aqui.
    abraços a todos
    RFC Joverany
    O sonho é o combust

  6. #6
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    Os anos que antecederam a viagem, logo se transformaram em meses, dias e finalmente em apenas horas foram de planejamentos, estudos, conversas, busca de historias, experiências, cálculos, economias, enfim um período em que meu maior objetivo era realizar esse sonho, era o que me motivava e me impulsionava para respirar e continuar vivo nesta nave chamada vida. A medida que o tempo passava a ansiedade e o medo aumentavam, pois o desconhecido nos esperava, sempre que procurava um viajante que passou pelos mesmos caminhos o medo aumentava pois poucas informações nos eram passadas, as poucas que recebíamos eram as mais amedrontadoras possíveis. Ouvi muito as frases: “Bolívia? Se prepare pra sofrer com falta de combustível, comida, estradas ruins e polícia corrupta.” “Vai passar pelo trecho entre Cusco e Nazca? Foi lá onde mais sofri frio na minha vida.” “A polícia da Argentina me levou uma quantia de pesos como propina.” “No Paraguai a polícia é corrupta, é comum assaltos com morte, país difícil de atravessar.” Enfim apenas um motociclista, GCFC Sinomar Tavares, e um amigo, Marcelo, me falavam frases motivacionais para acreditar que tudo seria bom e tranquilo.
    Quando os dias se aproximaram da data programada veio o medo, e tinha que ir com medo mesmo, desistir de um sonho seria o mesmo que sepultar um pedaço do meu ser. Me recordo quando olhei pra moto na sala de minha casa, pensei que iria pô-la pra fora e só voltaria depois de um mês. Então percebi que o momento tinha chegado, entrei em crise de choro pois tinha medo de não voltarmos vivos. Então pus a mão na massa e comecei a “montar” a motocicleta para a viagem. E com a graça de Deus dia 05 de dezembro de 2017, 8h começamos nossa aventura que narrarei a seguir.
    O sonho é o combust

  7. #7
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    Primeiro dia, Morrinhos-GO até Inocência-MS. Saímos no horário programado e combinado, uma longa viagem precisa de disciplina e um atraso logo na saída seria um problema. Então pegamos a estrada por volta de 9h, pois tinha que fazer algumas despedidas, meu mecânico Thiago, meu amigo e irmão de fé Jeremias, minha mãe e ter a companhia de um irmão motociclista Deivty Amador que nos deu um bota fora. Como esta viagem não seria comum e os imprevistos iriam nos acompanhar dia a dia, esqueci de levar minha carteira de identidade, e sem a mesma não atravessaria a fronteira do Brasil, fui socorrido pelo Deivty Amador que a levou até mim na estrada. Quero abrir um espaço aqui pra mencionar que a grande motivação pra escrever essa história foi a grande quantidade de imprevistos tornando a viagem um desafio diário. Acredito que esses fatos se devem aos acontecimentos que antecederam os dias de partida pois não pude estudar estradas, clima, taxas de câmbio e situação econômica dos países envolvidos. Neste primeiro dia de jornada destaco aqui um comboio de motociclistas que encontramos na cidade do Prata-MG, estes estavam indo para Santa Catarina, minha filha Fernanda disse-lhes onde estávamos indo, senti um clima de “não acredito!” no ar, saliento também uma forte chuva que caiu na cidade de Paranaíba-MS, onde uma fortíssima enxurrada começou a arrastar uma moto e esta quase derrubou minha moto, me obrigando a sair feito louco na chuva pra socorrer nossa guerreira. Me lembro de comentar um fato da juventude onde viajava a Brasília em um ônibus que fazia a rota Paranaíba/Brasília, sempre quis conhecer seu ponto de partida. Pouco depois que a chuva parou seguimos até Inocência, local onde fizemos nossa primeira janta em um quarto de hotel, já visando uma economia de dinheiro, que poderia ser útil em algum momento posterior.

    Quando fomos tomar café da manhã encontramos pessoas que perguntaram sobre a viagem, de onde estávamos vindo e para onde iríamos, um homem que era chofer de uma poderosa senhora achou por bem me dar duas páginas de uma oração aconselhando-me a fazê-la todos os dias, conselho que acabei não seguindo, penso que deveria pois os problemas vindouros nos castigaram física e emocionalmente. Assim que saímos do hotel fomos em um posto de saúde para tomar vacinas que acreditei serem necessárias em vários países, algo que não aconteceu e fui vítima de 3 agulhadas sem necessidade apenas pra seguir conselhos de pessoas que, creio eu, viajaram pra vários países “sentadas no sofá da sala”. Fomos pra estrada e vivi um fato curioso sobre as chuvas mato-grossenses, víamos a chuva, vestíamos a capa para atravessa-la mas sua extensão não passava de 2 quilômetros. Após o almoço passamos pela capital Campo Grande, embaixo de uma senhora chuva, trânsito lento, confuso e asfalto de má qualidade, esses fatores me fizeram propor nunca mais passaria por aquela cidade. Pouco depois da capital passamos por Aquidauana, me recordei de quando assisti a novela pantanal sempre mencionando essa cidade como um local de grande comercio de gado, imaginei ser uma grande cidade com leilões ou locais para compra e venda de gado, fiquei decepcionado pois não foi como pensava. Mais a tarde entramos no pantanal, região plana e com muito calor, fiquei aborrecido por não encontrar nenhum jacaré, atravessando a estrada. Um bom trecho do pantanal parecia ser desabitado e quando haviam habitações não existia um hotel ou camping para pernoitarmos, o cansaço estava dominando, dores no corpo sendo necessário uma parada para alongar e melhorar as dores, mas pergunta se a coragem deixava parar, o medo de parar e levar uma “bocada” dum jacaré me fazia suportar o sofrimento e seguir em frente até chegarmos em Corumbá-MS, fronteira com a Bolívia, isso já por volta de 22h. No hotel onde ficamos o proprietário ficava questionando para onde iríamos e como estávamos indo, gentilmente nos cedeu um galão de 10 litros, ele sabia do que estava falando pois esse foi útil ao extremo na travessia da Bolívia. Não fizemos a janta dentro do hotel, então sai para comprar algo em um pit-dog envolvido no medo, pois muito me “aterrorizaram” sobre essa cidade, e não notei tanto perigo assim em suas ruas e avenidas.

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    Última edição por Joverany; 07-11-18 às 22:19.
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  8. #8
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    No dia seguinte levantamos cedo e caprichamos no café da manhã. Nos foi informado que na Bolívia, a comida pela Ruta 4 além de ruim era escassa. Fomos pra fronteira já preparados pra ficar 3 horas ou mais nos tramites aduaneiros. Chegamos sob chuva, não consumimos 3 horas, mas confesso que o serviço da polícia federal brasileira precisa ser revisto, o horário de início deveria ser 8h mas os funcionários chegaram por volta de 8h e 30 minutos e só começaram a trabalhar quase 9h, sendo que os mesmos saíam de suas cabines pra fumar, ou ficavam no celular literalmente ignorando a pessoa que estava ali em sua frente, me recordo de uma pessoa que se queixou da demora porque tinha horário pra pegar ônibus e levou uma senhora bronca do agente da polícia federal. Feito toda a tramitação chegou a hora de enfrentar a tão mal falada Bolívia, e pra mostrar que sou corajoso já entrei no país com o tanque da moto na reserva, um descuido meu porque fui aconselhado encher o tanque no lado brasileiro. Para minha surpresa fui até o posto de combustível com o galão e sem a menor cerimônia o frentista o encheu e ali comecei a jornada no país vizinho já de tanque cheio, para contrariar os “conselheiros” no período pre-viagem.
    Depois de vários quilômetros no território boliviano começamos a sentir na pele as histórias contadas por outros viajantes, a fome sendo saciada por pão com salame e a única água era de nossos cantis. Estradas excelentes, clima pantaneiro e quente. Resultado foi que a ficamos sem água e a sede apertou e muito, então naquele desespero atrás de qualquer líquido decidi seguir o conselho de um velho motociclista estradeiro, Sinomar Tavares, parei num “moquifo” pra pedir água, como ele dizia, ninguém deixa de dar a bebida a um viajante. Parei a moto e fui até uma moça fazer meu pedido, mas lá notei que tinha água para venda e a um preço quase irrisório, vi também uma mesa grande com cadeiras e deduzi que poderia ser um restaurante, então perguntei se havia comida. Tinha bebida e uma comida deliciosa feita na hora. Então ali percebi que pra se dar bem na Bolívia basta “baixar a bola” e não querer luxo. o país é pobre lembrando-me muito minha cidade nos anos de 1970.
    Almoçamos bem, matamos a sede e ainda levamos água pro restante do dia, então seguimos viagem e sempre que encontrava um posto ali parava e enchia o tanque usando o galão ganhado em Corumbá-MS, quero ressaltar que o combustível era algo que muito me preocupava e consumiu dias e horas de estudos pra tentar não ter uma pane seca ou pagar preços exorbitantes pela gasolina, e nada disso aconteceu, em todos os postos tinha gasolina e o preço era menos da metade do que paguei no Brasil, a comida a mesma situação, farta e saborosa, hotéis bons e baratos, pra ser feliz naquele país basta ser humilde e aceitar o que a estrada oferecer. Quase anoitecendo chegamos a San Jose de Chiquitos e lá mais um dos “conselhos” que recebi caiu por terra. Paramos em um restaurante e perguntei por hotel, na maior naturalidade um rapaz pegou sua moto e me falou que nos levaria até um sem cobrar um centavo sequer, apenas pelo prazer de ajudar. Percorrendo o território boliviano notei o quanto seu povo é amigo e acolhedor, parecendo mesmo que o defeito do ser humano é a diferença de classe social, lá todos são pobres, felizes e amigos. Evidente que o hotel que o rapaz nos levou era bem longe do meu bolso, acho que todos olhavam o tamanho da moto e já pensavam que éramos endinheirados, então procuramos por um outro mais barato e que cabia dentro de nossa cota diária que eram U$ 80,00, lá ficamos bem acomodados, como gentileza a gente paga com gentileza, fomos caminhando até o restaurante de nosso guia jantar, penso que seria uma falta de consideração não dar preferência a ele. Ali realmente experimentamos comida e tempero estrangeiro. Voltamos pro hotel já bem escuro e com medo, mas medo por quê? Bobagem! La ninguém queria nos assaltar, atravessamos aquele pais de leste a oeste sem ver um presídio sequer, na verdade é bem mais seguro e tranquilo que nosso país natal, infelizmente.

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    O sonho é o combust

  9. #9
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    Bom dia RFC Joverany,

    Que maravilha mais uma mega aventura na cia de sua filha, muito legal isso, parabéns a ambos.

    Seus relatos servem pra desconstruir "procedimentos" e "conceitos" de viagens de moto. Eu sou meio assim: penso, logo me viro. Lógico que num vou pra estrada sem estudar um básico tipo distância entre postos de combustível, mas num gosto de ultra detalhes, mesmo porque eu não tenho nenhum temor de rodar à noite, então dar uma esticada sempre acaba acontecendo.

    Excelentes suas observações quanto aos parâmetros de convívio na Bolívia, como viajantes devemos nos tornar algo como uma massa de modelar, pra ir nos ajustando pelo caminho afora e não querendo que pessoas, culturas, países se ajustem ao que queremos que sejam. É aí que entra a tal humildade que você tão propriamente menciona, parabéns.

    Estou curtindo demais essa aventura e ávido pelos próximos capítulos.

    Abração

  10. #10
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    Muito bom poder acompanhar a aventura de vocês.

    Na estrada é tudo bem assim, aparências enganam e o preconceito de classes transmite insegurança para aqueles que não calçam os sapatos da humildade.

    Parabéns pela viagem e fico ansioso pelos novos capítulos dessa história.

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