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Na Costa Rica se anda, praticamente, pelo meio da mata virgem. As rodovias são muito boas, mas a maioria não tem acostamento. Fomos até Puntarenas e pegamos um ferry para ilha de Paquera, lá ficamos na praia da Teresa. Pegamos muita chuva e trovoada, no dia seguinte o tempo melhorou e podemos pegar uma praia.
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Bom dia FC Nilton,
Parabéns, está excelente a narrativa e fotos.
Abração.
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Na Nicarágua, como em todo restante da America Central, as rodovias estavam ruins e um grande problema nas aduanas que ficam próximas a costa, a todo momento tentam prestar serviços, estão uniformizado com crachá e coniventes com a polícia. Quem passar por lá não aceite qualquer ajuda, vá direto aos guichês, tanto da imigração quanto da aduana. Em Manágua fomos multados e as carteiras recolhidas, era um sábado acabamos ficando o final de semana lá.
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Em Honduras e Guatemala continuou as estradas ruins, aduanas demoradas. O que mais me chamou a atenção foi o pessoal todos com armas na cintura, em Honduras. Perguntei e me disseram que bandido naquele país não se cria. Estávamos ansiosos para entrar na América do Norte.
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Chegamos na América do Norte, em três. No início éramos quatro, mas um ficou no começo da América Central, queria fazer uma viagem mais demorada, explorar mais. No México as rodovias, na maioria, são pedagiadas, mas tem opção de ir por outro caminho. Optamos de ir pela costa até Acapulco. O trajeto era para um dia, mas acabamos fazendo em dois, devido ao mau tempo houve muito deslizamento das encostas, foi chuva até chegar em Acapulco. A intenção era ir pela Baja California, porem fomos informados que a situação do asfalto e das encosta eram críticas, então optamos ir por Toluca e entrar nos Estados Unidos por Laredo. Tivemos pneu furado da moto do Rocha (Mineiro de BH), além de dar um problema na embreagem próximo a Monterrey, nos obrigou entrar na cidade e ir na BMW, que resolveu paleativamente, 40 km depois o problema voltou e acompanhou pelo resto da viagem. As auto pistas, pedagiadas, são um espetáculo, gasta-se em torno de 15o dólares de pedágio, para atravessar o México.
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Entramos nos Estados Unidos por Laredo, nosso objetivo era ir para Albuquerque, mas como a moto do Rocha continuava com problema de embreagem resolvemos ir a San Antonio, lá aproveitei e troquei os pneus de minha moto. No dia seguinte fomos em direção a Albuquerque, o visual é de bombas "cavalo de pau" extraindo o valioso petróleo do Texas. Tivemos nosso primeiro contato com a Routh 66, pura emoção, parecíamos criança quando ganha um doce. Chegamos ao Gand Canyon, também emociona muito, vi muitos filmes que foram gravados ali, a paisagem é estonteante.
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Seguimos para Las Vegas em ótimas estradas, não existe rótula, lombada, cruzamento, lá tudo é viaduto. Postos de gasolina e lanchonetes não são vistos da rodovia, tudo é muito bem organizado. Las Vegas é demais, fizemos visitas noturnas e diurnas, depois rumamos para Los Angeles. Como era um domingo a tarde, rodamos uns 15 km em uma rodovia de 4 pistas e o congestionamento era muito grande, resolvemos pegar um hotel e sair no dia seguinte. Para nossa sorte, o hotel casino que ficamos tinha exposto o carro de Bonnie e Clyde, todo perfurado por balas, o proprietário do hotel adquiriu e guarda numa redoma de vidro. Fomos para Los Angeles onde nos hospedamos a uma quadra da calçada da fama, em Hollywood, em um hotel bem simples o Las Palmas, depois fui saber que tinha sido gravado uma cena de uma linda mulher, ali neste hotel. Fizemos um tour por toda cidade e Beverly Hills.
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Continuamos a viagem indo para São Francisco, as estradas perfeitas. A chegada na cidade é um deslumbre total, mas o ápice fica para ponte Golden Gate. Passamos duas vezes por ela, e ai vai uma dica que recebi antes da viagem, para se tirar uma foto em que aparece toda a ponte e a moto, tem um lugar que o pessoal para para fotografar, não pare ali vá mais a frente e entre a direita, vai descer até um local da marinha, ali você consegue tirar fotos, a beira da água, que sai toda a ponte e a moto. Seguimos para o Vancouver no Canadá, ai teve outra separação o Rocha não levou visto canadense e foi para Nova Iorque na casa de um amigo, nos esperar. Seguimos viagem eu e o Ricardo. A aduana não leva dois minutos, não se desce da moto. A cidade de Vancouver é outra que enche os olhos. Fica até redundante falar das paisagens e cidades, mas é pura emoção.
Última edição por Nilton; 18-10-17 às 14:48.
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Continuamos no Canadá, podemos avistar ursos a beira da estrada, esquilos, filhote de lobo, bisons e alces. Chegamos a floresta das placas, afixei a minha que havia confeccionado em Criciúma. Mais a frente a divisa com o Alaska, não tive como não me emocionar, a placa de "Welcome to Alaska eu tinha visto mais de 100 vezes na internet, no meu planejamento, chegar ali era um sonho que estava sendo realizado.
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Entendíamos que havíamos cumprido o objetivo, agora vinha o desafio, chegar a Prudhoe Bay. Chegamos em Fair Banks com muita chuva, fomos nos alojar na Universidade, como não fazia noite, optamos por sair bem cedinho no dia seguinte, seriam 800 km com 600 km de rípio. Compramos mais um galão de gasolina para moto do Ricardo, o tanque era de 20 litros, a minha era de 30 então daria para chegar até Coldfoot. Os primeiros 100 km são de asfalto, depois começa uma estrada de chão bem compactada, mas a frente vem o famoso rípio, onde o bicho pega. Havia falado para o Ricardo que se chovesse eu pararia, é muito perigoso, tanto que um brasileiro quebrou a perna, uma semana depois, andando com chuva. Acho que daqui uns dois anos estará tudo asfaltado, estão trabalhando bem acelerado na pavimentação. Chegamos aonde não se pode mais rodar, o topo do mundo. Foram doze horas seguidas, mas o prazer de cumprir o desafio e as paisagens que pudemos observar, tira qualquer cansaço.
Última edição por Nilton; 18-10-17 às 15:31.
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