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Motoviagem nuestra América - Ananindeua-Pará / Deadhorse-Prudhoe Bay-Alaska(USA)
MOTOVIAGEM AO ALASKA
6 DE MAIO DE 2015 - PARTIDA DE ANANINDEUA - ESTADO DO PARÁ PARA INICIAR A NAVEGAÇÃO PELO RIO AMAZONAS ATÉ MANAUS - ESTADO DO AMAZONAS
Estou começando uma viagem de motocicleta (Harley-Davidson, of course) de Ananindeua (Pará - Amazônia - Brasil) a Prudhoe Bay (Alaska - USA). A primeira etapa será de casa até o Terminal Hidroviário de Belém, onde embarcarei no navio Clívia (da ENART, celular 91-99159-7462, Suelen; R$1.000,00/US$313,00 a passagem em camarote duplo, incluído o transporte da motocicleta ) para subir o Rio Amazonas até Manaus (Amazonas - Brasil). Serão cinco dias de viagem. De Manaus seguirei rodando até Bogotá (Colômbia), atravessando a floresta amazônica, o Lavrado, a Gran Sabana, Los Llanos e os Andes. Em Bogotá espero me juntar aos amigos motociclistas Valcir e Neviton (American Motorcycle Expedition), que saíram de Porto Alegre - RS no início de abril, rodaram até Ushuaia (Tierra del Fuego - Argentina) e agora seguem para o Alaska. Se nos desencontrarmos (vou ter que esperar em Boa Vista o visto canadense chegar) adiamos o encontro para mais adiante. Transportaremos as motocicletas por via aérea de Bogotá para Ciudad de Panamá, porque o serviço de ferry-boat que ligava Cartagena (Colômba) a Bocas del Toro, no Panamá, foi suspenso. De Ciudad Panamá seguiremos pela América Central (Panamá, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador e Guatemala) e México, ingressando nos Estados Unidos para cumprir uma rota mais ou menos como a de Peter Fonda e Dennis Hopper em Easy Rider e em seguida a Route 66 de Chicago a Los Angeles/Santa Mônica (remember Vinhas da Ira e On The Road), na Califórnia, onde encontraremos nossas esposas para passarmos uns dias juntos. Daí seguiremos rumo ao Norte em busca do Canadá e Alaska. No final de julho, no auge do verão, estaremos em Fairbanks para o trecho final até Prudhoe Bay, dentro do Círculo Polar Ártico, no trecho mais difícil da viagem, pela famosa "infame Dalton Highway", cerca de 400 milhas de estrada de terra (gravel loose, gravilha, cascalho ou rípio, conforme a língua), sobre solo congelado (permafrost). Cumprida essa parte da missão regressaremos ao Canadá e aos Estados Unidos pelo Norte descendo até Miami pela Costa Leste, passando por Sturgis, pela Tail of The Dragon (318 curvas em 11 milhas) e por Milwaukee. Eu pretendo daí - de Miami - mandar a motocicleta por via marítima ou aérea para Cartagena, viajando para lá por via aérea e daí desenrolar o caminho de volta, chegando em casa em setembro de 2015 (se possível antes de meu 62o. aniversário). Nesse longo percurso vou em busca da alma profunda (espírito, soul) de Nuestra América e de suas gentes e, também, de meus próprios limites. Durante a viagem minhas coordenadas aparecerão aqui no Facebook e no Twitter. Sempre que as condições permitirem publicarei aqui fotos e textos curtos. Abraços desde Ananindeua.
Fotos de José de Alencar.
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7 DE MAIO DE 2015 - NAVEGANDO PELA MICRORREGIÃO DOS FUROS DE BREVES NA ILHA DE MARAJÓ, ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA, BRASIL
Navegando pela entrada do Paraná das Araras
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Navegando pelos Furos de Breves e passando em Gurupá
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8 DE MAIO DE 2015
Passando por Prainha e Monte Alegre - Estado do Pará, margem esquerda do Rio Amazonas
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No terceiro dia de viagem uma notícia que vai forçar uma alteração no planejamento da motoviagem e a execução de um plano de contingência: transportar as motocicletas por via aérea de Bogotá a Ciudad Panamá.
IMPORTANTE AVISO AOS "NAVEGANTES"-MOTOCICLISTAS ... Na temporada de Tormentas Tropicais e Furacoes que assolam o Caribe, Golfo de México, Oceano Pacifico e America Central que vao de Maio até fins de Novembro, o transbordador FERRY XPRESS que liga Cartagena (Colombia) a Colón (Panamá) suspende seus serviços e possivelmente os reanudara a partir de Novembro quando terminam estes fenomenos metereologicos ... Maiores informaçoes sobre a reanudaçao dos serviços do FERRY XPRESS comunicarsea las direçoes aqui postadas na foto...
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Daqui por diante, face a limitação da quantidade de caracteres, criarei outro post e nele colocarei apenas o endereço de uma foto para cada dia da motoviagem. O relato completo está disponível no Facebook, a partir do dia 6 de maio de 2015: https://www.facebook.com/jose.dealencar.5
Última edição por josedealencar; 23-02-16 às 13:28.
Razão: AJUSTE POR LIMITAÇÃO DE QUANTIDADE DE CARACTERES
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MOTOVIAGEM NUESTRA AMÉRICA - ANANINDEUA-PARÁ / DEADHORSE-PRUDHOE BAY-ALASKA(USA) ii
Última edição por josedealencar; 23-02-16 às 14:07.
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Motoviagem nuestra américa - ananindeua-pará / deadhorse-prudhoe bay-alaska(usa) iii
Última edição por josedealencar; 23-02-16 às 16:27.
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Última edição por josedealencar; 23-02-16 às 16:50.
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Última edição por josedealencar; 23-02-16 às 18:54.
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Motoviagem nuestra américa - ananindeua-pará / deadhorse-prudhoe bay-alaska(usa) vi
Última edição por josedealencar; 24-02-16 às 17:05.
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Boa noite FC José de Alencar,
Por favor, quando fizer novos posts, não coloque nada no campo "título", pois está abrindo outro tópico e vai ficar tudo separado quando houver mais postagens.
Estou tentando juntar tudo em um só.
Abração.
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Muito obrigado.
Estava pensando justamente em pedir tua ajuda para isso.
Vou recomeçar sem colocar nome no título;
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Boa tarde amigos FC´s,
Após contatos com o FC José Alencar, vou passar a postar os conteúdos que ele está me enviando por e-mail devido às dificuldades dele em postar direto. Então vamos começar a festa da mega aventura Grande Cacique Fazedor de Chuva:
PRIMEIRO POST. DESAFIO GRANDE CACIQUE FAZEDOR DE CHUVA. BRASIL.
É em Ananindeua - Pará - Brasil (1.403263 Sul, 48.423669 Oeste) que começa o primeiro trecho brasileiro do desafio Grande Cacique Fazedor de Chuvas, com o odômetro da motocicleta Harley-Davidson Heritage Softail Classic 2009/2009 (a Araceli, placa NSJ 6799) marcando 31.638 Km.
Passei por Salinópolis - Pará, me despedi da família e o primeiro pernoite já foi em Estreito - Maranhão, à margem direita do Rio Tocantins, divisa com o Estado do Tocantins.
O segundo pernoite foi em Gurupi - Tocantins, já em pleno Cerrado, onde um viajante sugeriu que eu pernoitasse em Morrinhos - Goiás pois lá vive um Grande Cacique Fazedor de Chuva, o Sinomar Tavares.
Sugestão acolhida, lá foi o terceiro pernoite, quando encontrei Sinomar Tavares e Rui Leite, organizador do grande encontro de motociclistas Parada Obrigatória, sempre na Semana Santa de cada ano. Sinomar me fez preciosas indicações sobre o caminho para Ushuaia - Tierra del Fuego e Deadhorse/Prudhoe Bay - Alaska, os dois extremos do desafio.
Animado, parti para o quarto pernoite já em Ourinhos - São Paulo e daí fui para o quinto pernoite em Florianópolis - Santa Catarina, onde fui acolhido pelo Grande Cacique Fazedor de Chuva Antonio Carlos Facioli Chedid, meu amigo e colega que anos antes me inspirou e incentivou, e encontrei também o Grande Cacique Fazedor de Chuva Carlos Alberto Bragagnolo, o Kalika, que na volta do Alaska foi nosso hóspede em Ananindeua.
Guiado por Chedid e Jefferson Kravchychyn passeamos pela belíssima Serra do Rio do Rastro e daí segui para São Marcos - Rio Grande do Sul, em plena Serra Gaúcha, onde pernoitei antes de seguir para Porto Alegre - Rio Grande do Sul. Na concessionária Harley-Davidson conheci Valcir Silveira, harleyro que se preparava para o mesmo desafio, juntamente com Neviton Custódio. Ali nasceu a proposta de seguirmos juntos para o Alaska.
Revisada a motocicleta em Porto Alegre - RS, onde fiquei dois dias, segui para São Gabriel - Rio Grande do Sul, na região da Campanha Central, onde pernoitei e no dia seguinte cedinho parti para Uruguaiana - Rio Grande do Sul, para fazer a travessia da fronteira para a Argentina, assim terminando o trecho brasileiro do desafio.









Última edição por Gilmar Dessaune; 05-03-16 às 12:30.
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SEGUNDO POST. DESAFIO GRANDE CACIQUE FAZEDOR DE CHUVA. ARGENTINA.
O trecho argentino do desafio começa com a travessia de Uruguaiana - Rio Grande do Sul para Paso de Los Libres - Província de Corrientes. Documentos e motocicleta em ordem, trâmites fronteiriços um pouco complicados e tensos para quem viaja só. Logo avanço entre coxilhas e arrozais pelas províncias de Corrientes e Entre Rios, optando por pernoitar em Paraná, à margem esquerda do Rio Paraná, no agradável Hotel Biociti. Passeio pela simpática cidade e janto no restaurante vegetariano do hotel, o Mahindra.
No dia seguinte sigo pelo túnel sob o Rio Paraná e passo por Santa Fé, à margem direita do Rio, avançando para Santa Rosa, Província de La Pampa, cidade simpática e animada, onde pernoito no Hotel Calfucura, encarando em um asador próximo o primeiro jantar tipicamente argentino, com chinchulines, chorizo e morcilla (com chimichurri, por supuesto).
O terceiro pernoite foi em Puerto Pirámides, na Península Valdés (passei ao largo de Puerto Madryn), Província de Chubut, onde cheguei depois do motor falhar e perder potência duas vezes e a luz da injeção eletrônica acender no painel. Para compensar o jantar foi de vieiras gratinadas e camarões (excelentes). Pela manhã saí para os passeios pelas loberas e penguineras da Península (não é temporada de avistamento de baleias), pernoitando aí outra vez.
No dia seguinte, no rumo para Comodoro Rivadávia, acendeu a luz da injeção eletrônica no painel e o motor começou a falhar e perder potência. Decidi regressar e tomar o rumo de Buenos Aires, pernoitando no Partido de Villarino, na Província de Buenos Aires, um pouco antes de Bahía Blanca, no Hotel La Merced (Km 711 da Ruta Nacional 3), que tem um excelente restaurante.
Parti para Buenos Aires no dia seguinte, me hospedando no Hotel Ibis Dos Congresos, perto do Congreso Nacional e da Avenida de Mayo. A motocicleta foi escaneada na pequena oficina da concessionária sem que o defeito fosse encontrado. Aproveitei os quatro dias para passear pela capital portenha, cada vez mais encantadora (e decadente) e um dos melhores lugares para se comer.
Agora estou de volta à Ruta Nacional 3 e pernoito em Azul, prosseguindo no dia seguinte com esperança de chegar a Puerto Madryn. Mal consegui chegar a Coronel Dorrego pois o motor voltou a falhar até ficar inviável prosseguir viagem. O telefone da concessionária da rodovia não funcionava (era domingo) e tive que pernoitar em Coronel Dorrego e contratar a remoção da moto até Buenos Aires, no dia seguinte. Um dia inteiro na cabine do caminhão-guincho conversando com o proprietário, cuja história de vida permite repassar a história recente da Argentina. Voltei para o mesmo Hotel Ibis Dos Congresos e desta vez Tato Alvarez, o mecânico da concessionária, acertou a mão: havia rompido um anel de retenção (O-ring) da bomba de combustível (custa um dólar!). Trocada essa e outras peças também minúsculas da bomba a luz do painel apagou e pude seguir viagem com o motor esbanjando saúde.
Logo estava de volta ao Hotel La Merced, no Km 711 da Ruta Nacional 3 (Partido de Villarino) e no dia seguinte, depois de passar por belíssimas paisagens, resolvi pernoitar em Puerto Madryn, Província de Chubut, na bem avaliada Casa Patagonica (ver TripAdvisor), saindo no início da noite para jantar e passear na agradável cidade, onde um dia vou voltar.
De manhã cedo saio para Comodoro Rivadávia, Província de Chubut, cidade desagradável que tem origem na exploração de petróleo. Na verdade é um acampamento que se tornou uma cidade ao longo da Ruta Nacional 3 (os bairros são designados pelo número do Km da Ruta). Para equilibrar a comida do hotel é boa.
Saí cedo para encontrar Maicol Piggot, motociclista de Caleta Olívia que Alex Colares me indicou (eles pertencem a uma comunidade de proprietários de Midnight). Ele me ensinou a lidar com os ventos da estepe patagônica que vou enfrentar em seguida e graças a ele aprendi a bailar - esse é o verbo por ele usado - com esses ventos e fazer ultrapassagens seguras. Não foi fácil nem trivial, mas os ventos não estavam muito fortes nesse dia e assim cheguei bem a Rio Gallegos - Província de Santa Cruz, domínio dos Kirchner, onde pernoitei no Hotel Paris com seu incrível espelho Art-Nouveau do início do Século XX. Boa comida no restaurante perto do hotel, bom descanso porque no dia seguinte todas as energias são para vencer a última etapa e chegar a Ushuaia.
No dia 26 de janeiro de 2014, 12.921 Km depois (44.559 marca o odômetro), a última etapa a travessia incluiu o que restava da estepe patagônica, o Estreito de Magalhães e a Terra do Fogo - inclusive os temíveis 104 Km de rípio (cascalho) pouco depois de passar a fronteira com o Chile - atravessei o Paso Garibaldi sob chuva (já na Argentina outra vez) e entrei em Ushuaia sob um glorioso sol de quase nove horas da noite. A visão que tive lá do alto valeu e continua valendo cada Km rodado. É uma sensação maravilhosa ao final de uma curva avistar o Canal de Beagle. Já passamos eu e Araceli Lemos nesses mesmos lugares, espremidos em uma van de turistas. A paisagem vista da motocicleta muda, para melhor. E muito. Valeu a pena.
Missão dada, missão cumprida!









Última edição por Gilmar Dessaune; 05-03-16 às 12:43.
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